Cada vez mais, o EaD (Ensino a Distância) tem sido o modelo de estudos da nova geração. De acordo com o Censo da Educação Superior 2021, divulgado em novembro de 2022 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais de 3,7 milhões de estudantes universitários optaram por cursos à distância. Esse número é 41,4% do total de alunos de graduação. Em uma década, o percentual de matriculados em EaD aumentou 274,3%, enquanto, nos presenciais, houve queda de 8,3% Foi a primeira vez que isso aconteceu em toda a história do Censo. O Centro Universitário Newton Paiva criou um modelo próprio de EAD muito antes dessa onda começar, há mais de 10 anos.
O processo de implantação desse formato na instituição começou em 2013, passando por uma repaginada em 2013 e depois em 2016, como nos conta o Gerente Acadêmico Digital, Leandro Cesar Diniz da Silva.
“A Newton optou pela modalidade com uma forma complementar para tanto para quem já estava em graduação quanto para os novos alunos”, pontua. Para isso, foi pensado em uma estrutura programada e planejada, respeitando as diretrizes curriculares nacionais e os pedidos do MEC. “O EAD é talvez a forma mais democrática de acesso ao ensino de boa qualidade e em renomadas instituições”, continuou.
A plataforma foi facilmente aceita pelos alunos, já que a ideia da Newton não era simplesmente ofertar o ensino em todos os cursos. A universidade fez um estudo de mercado e adequou os cursos de acordo com os resultados. Assim, iniciaram com o carro-chefe, que são Administração e Ciências Contábeis. Depois, foi crescendo para os tecnológicos e expandindo para as outras áreas.
“Para algumas instituições, a pandemia trouxe um novo olhar para os alunos dessa modalidade, mas não dentro da Newton. A nossa base de crescimento vem de mais de 10 anos. Enquanto ofertamos cursos diferenciados, com modelos de ensino exclusivos, esperando continuar avançando”, explicou Leandro.
O perfil de alunos que mais aderiu ao formato está muito ligado as próprias características do mesmo, informa Gilmar Silveira, Gerente de Operações Comerciais EAD. “Quem procura por esta modalidade, geralmente, precisa trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Com uma rotina muito corrida, este perfil de alunos preza muito pela flexibilidade de horário e facilidade de acesso as aulas”, conta Silveira. O aspecto financeiro também é considerado, já que o valor médio das mensalidades costuma ser menor.
Uma surpresa foi quando a instituição começou a receber também ex-alunos que, por exemplo, moravam fora de Belo Horizonte, e tinham interesse de concluir os seus estudos. “Também acabamos recebendo pessoas do mercado que, em função de várias situações, principalmente no meio de gestão, passaram a procurar o EAD para ganhar novos conhecimentos que pudessem ser aplicados dentro de suas empresas”, acrescentou Leandro.
As outras vantagens do ensino a distância que mais se destacam, segundo Gilmar, são: maior flexibilidade de horários, maior acessibilidade, maior interação entre alunos e professores e o ambiente virtual de aprendizagem.
“Todo o material didático fica disponível na plataforma virtual dos alunos. São diversos tipos: textos, vídeos interativos, aulas pré-gravadas e ao vivo, podcasts, entre outros. No AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem – há uma biblioteca à disposição dos alunos”, explicou.
Em contrapartida, os desafios também existem. A falta de infraestrutura em muitas regiões do país é fator limitante para o crescimento perene do EAD e a socialização da ferramenta. Além disso, a organização dos alunos também dificulta o aprendizado. “Por permitir o estudo em qualquer horário, não é incomum os alunos deixarem as aulas e tarefas para a última hora”, continua o gerente.
Apesar do crescimento considerável, junto com a desinformação, há uma descrença em relação a qualidade do ensino remoto. Com a proliferação de IES (Instituições de Ensino Superior) com foco apenas no ganho de escala, isto colabora para esta falsa percepção. Contudo, a plataforma da Newton Paiva tem ganhado cada vez mais força e adeptos. Em 2013, a instituição contava com 430 alunos de ensino à distância. Hoje, somam mais de 5 mil.