Por Lígia de Matos
Todo mundo (ou quase todo mundo) já entrou em um lugar e teve a sensação de já ter estado ali antes ou ouviu um diálogo ser repetido ou mesmo teve a sensação de já ter vivido determinada situação. Isso é o que chamamos de déjà vu.
É uma expressão francesa que significa já ter visto, ou em uma tradução mais ampla, já ter vivido. Ela foi criada no século 18, por um parapsicólogo que acreditava na teoria de que o déjà vu era uma reprise de um acontecimento de uma vida passada. Certo ou errado, a expressão serve para descrever esses fenômenos inexplicáveis de “reviver” uma experiência nunca antes experimentada.
O fato é que a questão suscita muita curiosidade em diversos campos de atuação e a comunidade científica até agora não conseguiu realmente compreender ou explicar como nosso cérebro cria essas situações. As situações são tão espontâneas e aleatórias que tornam impossível de serem replicadas para estudos mais concretos, mesmo nos melhores laboratórios.
Possibilidades
Especialistas levantam duas possíveis explicações para o déjà vu. Uma é relacionada à sensação de familiaridade causada pela forma como nossas memórias são criadas. Podemos entrar em um ambiente desconhecido com objetos conhecidos e dispostos em localizações conhecidas e essas memórias são ativadas, mesmo que nunca tenhamos estado naquele lugar.
A segunda hipótese debate a possibilidade de ser um “erro” de comunicação entre o nosso consciente e o inconsciente e esse gap chega com um pouco de atraso o que dá a sensação de a informação já ser conhecida. Uma pesquisa de 2016, publicada no The Quarterly Journal of Experimental Psychology, mostrou que o déjà vu ocorre quando o cérebro manda sinais para verificar se houve algum tipo de erro de memória ou incoerência entre o que aconteceu ou o que achamos que aconteceu.
Apesar de não termos certezas, alguns estudos apontam que cerca de 30% das pessoas já afirmaram ter tido um déjà vu e a incidência é maior entre jovens de 15 a 25 anos, sendo que a primeira experiência costuma ser na infância, antes dos 10 anos de idade.
Os estudos são inconclusivos, mas continuam sendo feitos e há indivíduos até que possuem o que se chama de déjà vu crônico, com relatos de constantes experiências de repetição. Psicólogos e neuropsicólogos monitoram essas pessoas e acredita-se que a questão seja mais psicológica que neuropsicológica.
Vale também ressaltar que existem as teorias fora do campo científico, como as lembranças de encarnações passadas ou até mesmo experiências extracorpóreas. O fato é que ninguém ainda soube explicar realmente porque o déjà vu acontece, mas que ele acontece ninguém tem dúvidas!
Interessante esse assunto, não é mesmo? Agora imagine mergulhar na mente das pessoas e conseguir ajudá-las? É isso que os psicólogos fazem e muito mais. Quer conferir os cursos que a Newton oferece na área? Acesse o site da Newton Paiva.