24 de abril de 2024
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Clubhouse: a hora da rede social em áudio

Por Geraldo Paim

Estávamos todos esperando esse momento e ele chegou: temos uma rede social construída por áudios. O Clubhouse é o novo queridinho da internet. O app chamou a atenção por contar com a presença de VIPs, que vão desde Elon Musk e Drake a Luciano Huck. O interesse geral pelo Clubhouse ilustra o momento de alta do formato áudio na rede, representado nos últimos anos pelo sucesso e pela proliferação de podcasts de todos os tipos.

Lançado em abril de 2020, o Clubhouse foi avaliado em £ 75 milhões – aproximadamente US$ 100 milhões, cerca de R$ 540 milhões de reais. Foi desenvolvido no Vale do Silício pelo empresário Paul Davison e por Rohan Seth, ex-funcionário do Google. No mês seguinte ao lançamento, o Clubhouse recebeu US$ 12 milhões em financiamento da firma de capital norte-americana Andreessen Horowitz.

Como funciona

Assim que o app surge na tela do seu celular, você recebe boas-vindas e, de cara, uma lista das discussões, do momento e de mais tarde.

No Clubhouse, o algoritmo aponta quem você poderia seguir e quais salas podem interessar você. Isso baseado no seu perfil, trabalho e tudo mais!

E o que você encontra lá?

– Bate-papos coletivos, ao vivo.

– Painéis de discussão.

– Oportunidades de networking. Algumas pessoas experientes, inclusive, já estão trocando o termo ‘influenciador’ por ‘moderador’.

– Diversas salas.

– Conversas privadas com amigos.

Você pode facilmente mudar de sala. Para participar das discussões, é preciso autorização dos moderadores. Esse nome, aliás, está tomando o lugar do famoso “influenciador”. Vários usuários criam suas próprias salas para debater os temas com que trabalham ou querem expor. É como se fosse um podcast aberto, porém mais democrático, instantâneo e plural.

A intenção é deixar as interações mais próximas da vida real, o máximo possível. Assim que você tiver um grupo unido, já está liberado para criar saladas privadas! O usuário pode convidar quem quiser, limitar os participantes e muito mais.

Pronto! Agora é soltar o verbo! Lembrando que gravar qualquer conversa é estritamente proibido, embora a gente não saiba ainda como o app pode controlar isso.

Pode falar de tudo?

Ixi! Você deve estar pensando na quantidade de tretas que devem se desenrolar nessa rede social. Bom, a seu favor, a Clubhouse publicou em outubro passado uma declaração condenando o racismo, o antissemitismo, o discurso de ódio e todo tipo de abuso. Além disso, a empresa divulgou uma lista de regras e diretrizes sobre isso, a ser implementada em breve. Moderadores poderão silenciar, bloquear, denunciar salas e solicitar ao app que investigue violações.

Disponível apenas para quem possui iPhone, o Clubhouse pode ser baixado na loja da Apple. Lá, é possível reservar um nome de usuário.

O aplicativo ainda está em versão beta privada, mas a promessa é que, em breve, todo mundo poderá obtê-lo em seus dispositivos. Por enquanto, você precisa receber um convite para participar. Cada usuário pode convidar vários amigos.

O interesse de se presenciar o surgimento de uma nova rede social é refletir sobre o fluxo das linguagens como veículos dos debates em voga na sociedade. Além dos textões, dos textinhos, das fotos, agora é hora da voz. Cada linguagem tem seu lugar. Mas falar, talvez, seja a expressão mais transparente.

Você está no Clubhouse? O que tem achado da rede? Conte pra gente!

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