Por Fernanda Nazaré
Por causa de portas de shoppings e lojas fechadas por meses seguidos, em todo o mundo, foi (e ainda é em muitos países) um desafio manter a economia e o setor de varejo girando. Desde loja de sapatos, hortifruti e até roupas aderiram às plataformas de marketplace, já ouviu falar? Se não, provavelmente já usou algum serviço do tipo e não sabia que era. Alguns dos exemplos mais famosos são: iFood e Uber.
Marketplaces são apps ou sites que podem ser usados por outras empresas como plataforma de vendas. Sites como Magazine Luiza e Dafiti são exemplos de e-commerce que abrem espaço sob o forte nome de suas marcas para que fabricantes menores coloquem seus produtos à venda em suas prateleiras virtuais. Responsabilidades como cobrança e entrega são todas do fornecedor do produto – e não da loja que o vende.
Esse novo formado de venda online no varejo foi a saída para muitos negócios com o espaço físico fechado por conta das regras de isolamento social. Apenas nos primeiros seis da pandemia do coronavírus, ano passado, 107 mil lojas aderiram à venda on-line de seus produtos. Com isso, o número de negócios nesse modelo quase dobrou, passando de 135 mil lojas ativas para 242 mil, segundo pesquisas da época.
A união faz a força
Uma maneira de empreender sem depender de grandes corporações para vender seu produto é criar um app voltado para o seu nicho e captar participantes. Um exemplo é a @vemdebolo_oficial, que começou a operar em 2019, em São Paulo, e trabalha atualmente com mais de 60 boleiras cadastradas. A plataforma nasceu com o propósito de ajudar o pequeno e médio empreendedor a desenvolver o seu próprio negócio de confeitaria e, neste ano, viu a demanda disparar por conta da quarentena.
Quem também viu a oportunidade no próprio nicho foi a @raizsorganicos, que uniu pequenos produtores hortifruti para venderem alimentos frescos e entregues na porta da casa do cliente, o que já é um ótimo atrativo para quem não tem experiência ou tempo para fazer compras de legumes e verduras. Agora, na quarentena, a demanda saltou 280% nos primeiros meses de 2020, de acordo com Romulo Perini, da consultoria de inovação Play Studio – e parceiro do app.
Ainda segundo Perini, um dos segredos para um marketplace de sucesso é unir produtos ou serviços que sejam bastante consumidos, que façam parte da rotina das pessoas, assim, mantém os fornecedores ativos e engajados com as vendas.
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