Por Luciana d’Anunciação
Todo aluno de graduação, ou pós-graduação, sabe que é importante utilizar ideias de outros autores para escrever um trabalho acadêmico. É fundamental na formação em nível superior que os estudantes desenvolvam a habilidade de articular suas ideias e reflexões a partir de textos ou pesquisas de referência.
Mas há quem prefira optar pelo caminho “mais fácil” da apropriação inadequada de conteúdo. Recentemente, tivemos notícias de personalidades que copiaram trechos do trabalho de outra pessoa, sem citar a fonte, e entregaram como se fosse de autoria própria. Isto é plágio acadêmico.
O plágio afeta a confiabilidade existente no processo de ensino-aprendizagem, compromete a credibilidade e a reputação acadêmica do estudante e, também prejudica a instituição de ensino. Pode ser utilizado como justificativa para zerar trabalhos acadêmicos ou invalidar títulos e diplomas.
Além disso, o plágio é considerado crime desde 1998, quando a Lei 9.610 entrou em vigor para regular e proteger os direitos autorais e a propriedade intelectual. Para quem descumprir a Lei, de acordo com o artigo 184 do Código Penal, há punições como multa e detenção de três meses a um ano.
Existem diversas formas de plágio:
- Integral, Literal ou Direto – Copiar diretamente uma passagem do texto sem fazer alterações. Pode ser um trecho ou o conteúdo todo. Também é considerado plágio pegar vários trechos e juntar em um parágrafo só.
- Transliteral ou Paráfrase – Escrever a mesma coisa, com outras palavras, sem acrescentar nenhum conteúdo próprio.
- Auto-plágio – copiar e apresentar um trabalho feito por uma pessoa, ou grupo, em mais de uma situação.
- Plágio de fontes – utilizar uma citação do autor consultado e a citar como se estivesse com o documento original em mãos.
- Números de pesquisa ou dados público – usar dados de pesquisa ou informações divulgadas na imprensa ou provenientes de consultas a arquivos públicos, sem citar a fonte.
- Conteúdos visuais – utilizar imagens, desenhos, fotografias e gráficos produzidos por outras pessoas sem citar a fonte e dar os créditos.
Como evitar o plágio
Atualmente, professores e instituições podem contar com a tecnologia da informação para avaliar se há algum tipo de plágio em um trabalho acadêmico. Diversas ferramentas online e gratuitas como ACNP Software, CopySpider, Google, Turnitin, Grammarly, Plagiarisma facilitam a identificação de uma cópia indevida.
Além disso, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), instituição responsável por padronizar a produção de produtos, documentos e textos, disponibiliza em seu site instruções sobre como fazer citações com as devidas referências, dentro dos padrões.
Mas a dica para não cometer o plágio é bastante simples: sempre atribua a fonte.