Muitas áreasde atuação profissional passaram por expansão e transformações profundas depois da pandemia de Covid-19. Uma das que mais ganharam relevância é a de Farmácia. Isso se comprova com o aproveitamento dos profissionais graduados no mercado de trabalho. Dados do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (de dezembro de 2022), revelam que 94,3% dos farmacêuticos do país estão empregados. Números como este se refletem na busca por graduação. Um dos exemplos mais tradicionais do país, a Newton Paiva, comemorou, recentemente, 25 anos de oferecimento desta graduação. E esta busca não mostra sinais de arrefecimento – a instituição continua recebendo muito interessados, em função da alta taxa de empregabilidade na área.
De acordo com Sérgio Gomes, professor da graduação do centro universitário há 25 anos, muitas vezes, o farmacêutico tem um papel relevante na saúde das pessoas. O paciente que é atendido por um médico, antes, passa por uma triagem, normalmente realizada por farmacêuticos. “Esse é um dos papéis deste profissional, que entra em contato com a pessoa e realiza uma pré-consulta. Isso faz com que tenha mais controle e cuidado com a rotina do paciente. No entanto, algumas pessoas possuem uma visão simplista demais da profissão – de que o farmacêutico apenas vende remédios e aplica vacinas, mas vai muito além disso”, explica ele.
Segundo Alessandra Chucri Ayubi, coordenadora do curso de farmácia do Centro Universitário Newton Paiva, no decorrer da graduação, o perfil dos estudantes tem mudado ao longo dos anos. Era bastante comum que os jovens escolhessem a carreira por escolha ou indicação de seus pais. “Atualmente, é possível encontrar no curso muitos que já possuem um diploma e desejam mudar de área por completo ou aqueles que já estão inseridos no mercado de saúde, mas buscam novos rumos”, explica Alessandra. Portanto, a sala de aula acaba ficando diversificada – o que acaba sendo uma porta de entrada para outras oportunidades.
O curso da Newton Paiva é bastante reconhecido no mercado de trabalho, tendo uma grade curricular diferenciada. Assim, os alunos já lidam com a prática da profissão, por conta do estágio obrigatório desde o primeiro período. Dessa forma, os estudantes possuem a oportunidade de avaliar se gostam da profissão e em qual das frentes gostaria de atuar – que são variadas. São diferentes áreas, desde análises clínicas até na estética e indústria de alimentos. Antigamente, o farmacêutico era habilitado somente para algumas atividades. Hoje, pode atuar em inúmeros setores.
Colocando a mão na massa desde o início, os estudantes contam com uma clínica-escola que presta atendimento gratuito ou de baixo custo à comunidade. Além disso, também visa cumprir o terceiro desafio global, divulgado recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que busca diminuir os efeitos colaterais causados por medicamentos. Assim, o profissional avalia se a medicação é realmente necessária, evitando que danifique a saúde do paciente.
A tecnologia também se tornou presente na vida dos profissionais de saúde, uma vez que medicamentos estão ficando mais modernos, pois a indústria está investindo cada vez mais em pesquisas. Por conta disso, a grade curricular deve acompanhar as mudanças e se adequar aos novos parâmetros. “Isso faz com que o processo produtivo de hoje seja totalmente diferente de 10 anos atrás. Por exemplo, hoje, temos comprimidos que podem ser fabricados por impressora 3D. Temos que estar sempre inovando e trazendo os melhores equipamentos para nossos alunos”, destaca a coordenadora do curso.
Os laboratórios da instituição simulam uma planta de indústria farmacêutica para levar aos estudantes o melhor espaço e equipamento, vivenciando assim as práticas do dia a dia. Isso faz com que o aluno saia mais seguro da graduação e integrado com outros profissionais da saúde. “Ao ter contato com a realidade e conhecer a comunidade, o aluno se torna mais comprometido”, finaliza Alessandra.