Quando se fala de um país tão diverso como o Brasil, alguns grupos ainda são negligenciados, como grande parte das minorias. A população com deficiência, por exemplo, foi estimada em 18,6 milhões de pessoas de 2 anos ou mais, o que corresponde a 8,9% dos brasileiros dessa faixa etária. O indicativo faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD): Pessoas com Deficiência 2022, lançada em julho de 2023, pelo IBGE. Outro dado preocupante é que dessa população, apenas 26% estão inseridas no mercado de trabalho e, além de serem menos contratados e sofrerem preconceito, também possuem salários menores.
Para debater este tema tão relevante e inclusivo, na próxima terça-feira, dia 26 de setembro, às 18h, será realizada uma palestra gratuita, online e aberta ao público geral, dentro do Calendário de Diversidades, promovido pela Newton (veja o link para inscrições abaixo). O tema desse mês será: Os desafios da profissionalização da pessoa com deficiência e a escolha da data se dá por conta do dia 21 de setembro, em que se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.
Entre os convidados estão Lívia Figueiredo, psicóloga clínica que atende adultos, idosos, população LGBTQIAPN+ e realiza acompanhamento de processos de adoção e/ou parentalidade socioafetiva, além de ser mãe de autista; e Dayane Dias, pessoa com deficiência física (PCD), estudante de Administração na instituição, artesã e empreendedora.
Segundo Maria Beatriz Neri Flores, psicóloga que atua no Núcleo de Apoio Psicopedagógico do Centro Universitário Newton Paiva, o tema explora como a formação acadêmica é um dos caminhos para auxiliar a PCD a se preparar para a entrada no mercado. “Apesar de hoje em dia existirem leis que exigem que as empresas tenham em seu quadro de funcionários pessoas com deficiência, ainda assim, os desafios são inúmeros. Isso porque, em muitos casos, essas vagas são ocupadas apenas para cumprir a função legal, mas essas pessoas no dia a dia da empresa não são encorajadas a desenvolverem suas habilidades, sendo colocadas em funções que não condizem com seu potencial”, explica ela.
É necessário abordar um assunto como esse, já que os espaços físicos das empresas devem ser adequados para o colaborador. Além disso, a adequação comportamental do empreendimento como um todo precisa ser trabalhada para acolher integralmente esse funcionário em suas limitações, o que passa despercebido por muitos lugares. “PCDs não devem mais ser inviabilizados e somos nós que devemos nos adequar a eles, não o contrário”, finaliza a psicóloga.
Serviço:
Os desafios da profissionalização da pessoa com deficiência (PCD)
Data: 26/09/23, às 18h
Local: Online
Inscrições: pelo Sympla