Por Luciana D’anunciação
Autoaceitação. Você já teve ter ouvido esta palavra algumas vezes. Mas já parou para pensar o que ela realmente significa? A autoaceitação é aceitar a si mesmo, como um todo, incluindo atributos físicos, intelectuais, emocionais.
Mas, por mais que um certo nível de insatisfação seja importante para levar à mudança e evitar que fiquemos totalmente estagnados, a autoaceitação é também um dos maiores agentes motivadores que existem. Envolve acolhimento das nossas fraquezas, fragilidades e dificuldades.
Autoaceitação é bem diferente de permissividade, passividade e inércia ou acreditar que nenhuma mudança é necessária. Teoricamente, pode fazer sentido pensar que alguém que não se aceita, que é eternamente insatisfeita consigo mesma, terá uma maior tendência e facilidade para mudar aquilo que a incomoda. Mas será que uma pessoa que não se gosta, que se sente inadequada consigo mesma tem condição e energia para mudar?
A importância da autoaceitação
Pois é, na prática, a vida não é tão simples assim. A falta de autoaceitação gera culpa, excesso de autocrítica e baixa autoestima. Enquanto seres humanos, somos indivíduos complexos e lidar com a realidade de forma tão objetiva, geralmente, não funciona da maneira como esperamos. Nós temos emoções como insegurança e medo. Com isso, essa insatisfação que parecia positiva passa a gerar frustração e inércia, pois simplesmente não nos sentimos capazes de mudar o que incomoda e permanecemos como estamos.
Neste sentido, a autoaceitação, a autoestima e o amor-próprio são os melhores catalisadores para a mudança. Quando você entende que através do autocuidado e do carinho consigo mesmo a transformação acontece de forma muito mais natural e motivada. Pois, você vai compreender e aceitar que vai tentar mudar e evoluir a si próprio como pode, da maneira que conseguir, e um passo de cada vez. E quando não conseguir, não vai se julgar e nem se inferiorizar por isso.
Percebendo que cada avanço nessa jornada de autoconhecimento tem seu valor e deve ser celebrado, você vai sentir que é possível viver uma vida mais leve. E que nesta vivência, os erros não apenas fazem parte, como são importantes para seu aprendizado. Quando nos aceitamos como imperfeitos e incompletos, desenvolvemos uma melhor capacidade de focar e valorizar aquilo no que somos bons, pois sabemos qual é nosso potencial e como usar essa força a nosso favor.
Quer saber como desenvolver seu autoconhecimento e sua capacidade de autoaceitação?
Confira oito dicas que ajudarão você nesta busca por se aceitar, a evoluir e a alimentar a estima por si mesmo.
Seja paciente – Entenda que é normal, eventualmente, se sentir inferior ou insatisfeito com algo em sua vida. Todo mundo passa por isso em algum momento, seja por questões pessoais, profissionais ou acadêmicas. Procure olhar para dentro de si, se conhecer, compreender seus sentimentos, emoções, desejos e a reconhecer suas qualidades. Busque construir um diálogo interno positivo e a ter atitudes que demonstrem sua capacidade de aprender a se amar e a se aceitar. Se amar é um ato revolucionário e extremamente poderoso! Ao mesmo tempo, é um processo contínuo e um compromisso que deve ser reforçado permanentemente.
Se perdoe – Para se aceitar é essencial se perdoar. Por meio do perdão, você poderá se libertar de sentimentos de insatisfação, frustração e sofrimento para se permitir experimentar a vida com mais leveza, amor, empatia e gratidão.
Descubra e reconheça suas qualidades – Todo mundo tem defeitos e qualidades. Procure descobrir, reconhecer e valorizar as suas qualidades, seus pontos fortes. Encare seus defeitos como pontos que podem desenvolver e melhorar.
Aprenda com os seus erros – Da mesma forma como todos nós temos defeitos, todo mundo é suscetível a falhas e comete erros. Encare estes erros como oportunidades de aprendizado, pois na vida aprendemos muito mais com os nossos erros, são nossas falhas que nos ensinam. Quando passamos a aceitar nossas vulnerabilidades e falibilidades, iniciamos o processo em que essas características passam a nos fortalecer e empoderar.
Liste todas as vezes que se julgar – Ao perceber que está se julgando, anote o que sente e pensa em uma lista. Procure entender de onde vem este julgamento e descobrir como lidar com ele. Essas informações auxiliarão você a compreender os seus motivos e padrões de julgamento, facilitando o seu processo de evolução.
Se permita tentar – Experimente começar a assumir riscos saudáveis e a superar desafios. Que tal praticar uma nova atividade física? Um novo hobby para conhecer pessoas novas? Ou iniciar um projeto profissional ou pessoal? Acredite, sair da zona de conforto faz muito bem, pois você descobre novas habilidades e se percebe mais capaz.
Pratique com você o carinho e a atenção com que trata os outros – Você é do tipo de pessoa que está sempre disponível para seus amigos, que os apoia e oferece palavras motivadoras? Que tal praticar consigo o mesmo que prega com os outros? Você também é um ser humano que merece carinho, amor e atenção. Quanto mais você se cuidar e se amar, maior será sua motivação para se aprimorar, evoluir e se tornar cada dia um pouco mais a melhor versão de si mesmo.
Medite – O mindfulness, também conhecido como atenção plena, é um ótimo método para o praticar o autoconhecimento. Por meio da meditação, você será capaz de realizar uma observação profunda do seu próprio eu, sem julgamentos e cobranças. A técnica auxilia na busca por mais autoconsciência, e para uma melhor compreensão do seu corpo, seus sentimentos e seus pensamentos.
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