26 de abril de 2024
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Conheça 6 sintomas que indicam excesso de uso de celular e outras telas móveis

Por Fernanda Nazaré

Você já teve aquela sensação de “estar nu” quando sai de casa e esquece o celular? Ou se sentiu desprotegido quando a bateria acabou e você não teve como recarregar o aparelho na hora? Os dispositivos móveis como tablet e, principalmente, o celular fazem parte do nosso cotidiano ao ponto de, em tempos de home office, terem virado nosso “escritório de bolso”, sua agenda pessoal, tarefas, acesso a bancos, supermercado… está tudo ali, incluindo o entretenimento para momentos de lazer: tudo junto e misturado conectado à internet.

O excesso de uso desse mundo online pode causar dependência dessas ferramentas tecnológicas, nos exacerbar de informações e nos desconectar da realidade e das pessoas. Alguns sintomas como ansiedade, estresse, irritabilidade e alteração de apetite já podem ser indicativos de alerta. O Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) listou as seis principais patologias que surgiram neste mundo contemporâneo por conta do abuso tecnológico.

Confira:

Síndrome do Toque Fantasma

No livro iDisorder (“iDistúrbio”, em português), do professor aposentado e ex-presidente do Departamento de Psicologia da Universidade do Estado da Califórnia (EUA), Larry Rosen mostra que 70% dos usuários assíduos já sentiram o aparelho de celular vibrar ou tocar sem nem ter recebido notificações ou ligações.

Nomofobia

Aqui, esse sintoma significa sentir ansiedade causada pelo distanciamento do celular ou devido à falta de bateria do aparelho. As consequências da patologia são problemas de interação social e dificuldades de se comunicar em público.

Depressão

Viver das redes sociais, fazer dinheiro vendendo espaço publicitário e cobrar cada vez mais caro por isso conforme vai subindo o seu número de seguidores é legítimo, que diga o digital influencer Felipe Neto. Mas tal nível de exposição e competição pode afetar o emocional a ponto de desencadear uma depressão. Uma pesquisa publicada na revista Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking comprova essa relação quando o usuário deposita a sua realização pessoal no número de curtidas e quantidade de comentários recebidos nas publicações.

Em entrevista para o programa Roda Viva, o youtuber contou que foi diagnosticado com depressão em 2010 e que a doença precisa deixar de ser tabu, ser falada e discutida, principalmente por jovens. As redes sociais, que talvez tenham contribuído para o desenvolvimento do quadro de Neto, agora também são usadas por ele como forma de apoio a quem sofre da mesma doença: “A gente precisa tirar a depressão do armário. É uma coisa que repito em vídeos e falo, principalmente para o público mais jovem, a depressão é o mal do século, ela vai se tornar, ao que tudo indica. Não sou nenhum médico. A doença que mais causa mortes no planeta Terra, e sim, essa causa é o suicídio”, afirmou durante o programa.

Problemas na coluna

A coluna cervical aguenta no máximo seis quilos. Porém, dependendo do posicionamento do pescoço para interagir com os dispositivos eletrônicos, é aplicada uma carga de até 27 quilos.

Dores na coluna associadas ao uso excessivo de dispositivos móveis já são consideradas uma epidemia global, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Enquanto a média mundial de dor crônica atinge 35% das pessoas, no Brasil os dados são mais preocupantes, já que esse número cresceu para 37%.

A inclinação excessiva do pescoço para baixo também pode levar ao desenvolvimento do ‘pescoço tecnológico’, que pode levar à flacidez da região entre o queixo e pescoço e gerar a famosa papada.

Insônia

Usar o celular como distração para vir o sono é um tiro que irá sair pela culatra. Com a claridade das telas, o cérebro entende que ainda é cedo e não produz o hormônio melatonina. Isso mantém o organismo ativo, o que é uma grande dificuldade na hora de dormir bem.

As telas de aparelhos são iluminadas por diodos que emitem luz, os conhecidos LEDs que enviam uma onda de luz azul intensa. Essa onda atrapalha o descanso se utilizada com muita frequência. Logo, essa exposição pode ser causadora de muitas noites em claro. O ideal é evitar os aparelhos eletrônicos depois das 18 horas.

Como prevenir os efeitos colaterais?

Com milhares de pessoas trabalhando no sistema home office parece até impossível evitar tais efeitos colaterais. O conselho do presidente do Instituto Brasileiro de Coaching, José Roberto Marques é buscar descobrir novos talentos ou atividades divertidas fora do meio digital, desenvolver sua inteligência emocional também fora das redes sociais.

Finalizou o expediente de trabalho? Então, priorize fazer tarefas que não envolvam eletrônicos, até mesmo se for para distração. Por exemplo, dispense o celular e outros aparelhos no momento das refeições. Faça um “detox” digital e se observe, caso não consiga diminuir a frequência ou sentir angústia demais, procure a ajuda de um profissional.

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