29 de março de 2024
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Professora da Newton comenta pesquisa que revela alta demanda de profissionais de tecnologia da informação

Uma pesquisa da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) aponta que o Brasil tem uma demanda média de 159 mil profissionais por ano, porém conta com apenas uma média de 53 mil formados. A docente dos cursos de TI do Centro Universitário Newton Paiva, Michelle Hanne, explica que esse estímulo para o aumento das vagas é devido aos avanços ocasionados desde o início da pandemia, que acelerou a transformação digital em empresas públicas e privadas.

“Além de uma maior necessidade de mão de obra, um estudo do IBM mostrou que os principais desafios para os próximos anos são priorizar talentos, tecnologia e parceiros de negócio. Com isso, temos uma tendência para os próximos anos de alta demanda por profissionais de Tecnologia, principalmente nas áreas de IA (Inteligência Artificial), IoT (Internet das Coisas) e RPA (Automatização Robótica de Processos)”, destacou.

A projeção da Brasscom prevê uma abertura no número de vagas até 2025, estipulando pelo menos, 800 mil oportunidades de empregos no mercado. Diante disso, a docente analisa a falta de profissionais na área. “A escassez de profissionais de tecnologia, especialmente especializados em Inteligência Artificial, IoT e RPA, engloba todas as regiões do Brasil e do mundo. Impulsionando altos salários, muitas vezes os profissionais são contratados em dólar ou euro, além de ofertas de trabalho remoto e outros benefícios para atrair talentos”, pontuou.

A docente espera que, a partir de 2025, haja mudança na área, principalmente na relação de oferta e demanda. “A tendência é que as vagas a partir de 2025 venham a reduzir e a “bolha” de profissionais de tecnologia fique equilibrada, oferta versus demanda. Até 2025, a grande maioria das empresas já estarão com os seus sistemas consolidados, principalmente em tecnologias como IA, IoT e RPA. Assim, o que o mercado demandará será algo novo e disruptivo, por isso, a recomendação é que os profissionais de TI nunca deixem de se preparar, estudar e realizar experimentos”, comentou.

Para quem busca esse mercado, sabendo que haverá um “boom” de vagas durante essa década, Michelle Hanne acredita que a maioria dos cursos superiores acompanham o que a profissão pede, e são capazes de formar profissionais para atuarem em diferentes áreas da Tecnologia da Informação.

“Os cursos do eixo Computação, como Sistemas de Informação, Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Análise e Desenvolvimento de Softwares, possuem conteúdos diversos que englobam, em sua maioria, as principais áreas que um profissional pode atuar.  São cursos dinâmicos que acompanham as tendências de mercado, principalmente com relação às linguagens de programação e engenharia de software. Grande parte das disciplinas são densas, cujos assuntos, em sua maioria, não se esgotam em sala de aula. O perfil é voltado para um jovem curioso, receptivo e adepto às tecnologias, com pensamento analítico”, finalizou.

Como é o caso do Paulo Ricardo Lima, aluno do quarto período do curso de Análise e Desenvolvimento de sistemas, na Newton Paiva. Ele disse que entrou no curso para conhecer o mercado e então decidir qual área seguir.

“Eu fui muito assertivo nessa escolha. Consegui meu primeiro estágio no final do segundo período, bem cedo eu diria. Mais tarde, em uma oportunidade de trabalhar na área de dados, o aprendizado em SQL foi muito importante, pois tive que fazer bastantes consultas na nossa base de dados nessa linguagem”, destacou.

Lima ainda afirma que essas oportunidades são fruto do conhecimento e aplicação das disciplinas que estuda no curso.

“Eles (os professores) tentam deixar a gente mais próximo do que é cobrado no dia a dia como profissional. Isso se prova de várias formas, como entender a metodologia Scrum e os diferentes projetos práticos que tivemos que fazer. Vale ressaltar que ainda tenho a oportunidade de participar do projeto “Laboratório Fake News”, que cito sempre nas entrevistas que pleiteio, e é o que os recrutadores mais buscam querer entender o que exatamente é, aproveito sempre para falar o que tive que aprender literalmente na prática”, concluiu.

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