A educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação e os professores desempenham um papel crucial na formação das futuras gerações. No entanto, segundo uma projeção feita pelo Instituto Semesp, em 2040, o Brasil pode enfrentar um “apagão” de professores, ou seja, vão faltar 235 mil docentes nas escolas do país. Isso pode trazer sérias consequências ao sistema educacional e ao futuro de toda a população.
De acordo com Antonio Gouveia, coordenador dos cursos de Licenciatura da Newton Paiva, o principal motivo para esta carência de profissionais tão importantes é a desvalorização da profissão no Brasil, tanto do ponto de vista social, como no que se refere aos aspectos de remuneração. “A categoria dos professores tem buscado melhorias, tanto na esfera pública como nas escolas particulares, mas passa a impressão de ser uma espécie de “sucateamento” da educação, que aparece no baixo investimento em infraestrutura, produção de conteúdo, material didático, formação de professores, recursos tecnológicos, entre outros”, explica ele.
O coordenador ressalta que os principais fatores que levam a essa projeção são diversos: desde o baixo salário até condições de trabalho precárias. “Para tentar evitar que esta situação problemática se concretize, dois pontos importantes devem ser considerados: o primeiro é que tenhamos políticas públicas voltadas para a valorização do magistério, tanto no que se refere à remuneração como de investimento na formação continuada destes profissionais. O segundo ponto é que o perfil desse profissional mudou: hoje há a necessidade cada vez maior de professores que sejam capazes de transitar entre modalidades de ensino tanto presenciais como digitais, o que demanda formação e habilidade para o uso de tecnologias”, acrescenta Antonio.
Além disso, é crucial que o governo, as instituições educacionais e a sociedade como um todo se unam para tomar medidas imediatas e eficazes. “Entre outras ações necessárias estão a melhoria da infraestrutura escolar; o apoio psicológico e emocional; e a implementação das políticas educacionais de longo prazo que promovam a estabilidade”, pontua o coordenador.
No entanto, por mais que exista essa projeção, cursos como o de Pedagogia, na modalidade EAD, são um dos que mais realizam matrículas no país, como mostra um levantamento da ONG Todos Pela Educação, formulados a partir de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A pesquisa revela que houve um crescimento em apenas uma década, indo de 28,2% (2002) para 60%,2 (2022). “Isso indica que os futuros profissionais e aqueles que já estão na ativa vem se transformando e acompanhando as tendências atuais de crescimento na carreira, que são professores cada vez mais conectados com a tecnologia e o ensino remoto”, adiciona Antonio.
Porém, a situação atual exige ação urgente de todas as partes interessadas, já que mesmo com a quantidade de novos profissionais, ainda restam muitas vagas. Além disso, muitos professores acabam por mudar de carreira. “A falta de investimento na educação não é apenas um problema dos professores, mas de toda a sociedade. Se não agirmos agora, o “apagão dos professores” pode comprometer irremediavelmente o futuro da educação no Brasil”, alerta o coordenador.
A Newton Paiva procura evitar a crise por meio do direcionamento para o mercado de trabalho e também implementando melhorias no que tange à formação de professores. “Hoje, nós temos um curso de pedagogia que tem um grande diferencial em relação aos demais, pelo seu modelo inovador de oferta de EAD, foco em tecnologia, em metodologias de ensino e aprendizagem, formação prática do professor, além de outros cursos de formação de professores que serão lançados em breve”, explica Antonio.
Todos os alunos da Newton passam por uma formação preparatória para o modelo EAD, e tem apoio de uma equipe de monitoria e tutoria ao longo da graduação, visando impedir o apagão. “A educação é a base de uma nação. Deve ser protegida e cuidada para a boa formação de cidadãos”, finaliza Antonio.