21 de novembro de 2024
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Os 5 compositores mais prestigiados da sétima arte

Por Ítalo Mendes

Além do universo do cinema, é comum que o público confunda trilha sonora apenas com as músicas que dão o ritmo ao filme, propaganda, novelas, jogos e outras mídias audiovisuais. Porém, a trilha é tudo que envolve o áudio, como a voz, o copo que arrasta pela mesa, o telefone que toca ou até os sons que nem existem e são criados especificamente para aquela história, como os sons dos dinossauros que marcaram época em Jurassic Park, em 1993.

O equívoco é válido, já que, na maioria das vezes, o que mais nos chama a atenção ao assistir a um filme são aquelas músicas que entram de fundo ou, no termo cinematográfico, de maneira extradiegética. É quase impossível pensar na saga Missão Impossível, protagonizada pelo astro Tom Cruise, sem lembrar da música característica durante as cenas de ação.

Por isso, hoje listamos 5 dos mais consagrados compositores das músicas que regem os grandes clássicos da sétima arte.

1 – Ennio Morricone

(Créditos – FOTO: Divulgação/Site Oficial Ennio Morricone)

O início dessa lista também é uma homenagem. Falecido aos 91 anos, em 06 de julho de 2020, o italiano Ennio Morricone deixou em seu currículo mais de 400 partituras para o cinema.

Reconhecido primeiramente pelas suas composições para filmes do estilo spaghetti-western, em parcerias famosas com o diretor Sergio Leone, em longas como Três Homens em Conflito e Era uma vez na América, ele viu sua popularidade só aumentar ao longo das décadas seguintes.

Também são dele as trilhas de O Profissional, Cinema Paradiso, Os Intocáveis e Oito Odiados, quando, em sua sexta indicação, ganhou pela primeira vez o Oscar.

2 – Hans Zimmer

(Créditos – Divulgação: (Foto: EA SPORTS)

Com Morricone como um de seus ídolos, o alemão Hans Zimmer se tornou uma lenda vida para os amantes da cultura pop. O posto de 2º compositor de trilhas sonoras mais premiado da história, segundo o IMDB, é facilmente explicado por suas composições para Rei Leão (1994 e 2019) e Gladiador, quando ganhou o Oscar, além de outros filmes como A Origem e a trilogia Batman, parcerias prestigiadas com o diretor Christopher Nolan.

3 – John Williams

(Créditos – Chris Pizzello/Invision/AP)

Se falamos do 2º compositor mais premiado, claro que teríamos que incluir ele. Com 187 prêmios e 337 nominações, perdendo apenas para Walt Disney, quando se trata de indicações ao Oscar, John Towner Williams pode ser considerado o mais consagrado compositor de trilhas da história.

Do seu currículo extenso, iniciado ainda na década de 1950, podemos destacar seus temas para Star Wars, Indiana Jones, Harry Potter e outras participações em obras inesquecíveis, entre elas A lista de Schindler, E.T.: O Extraterrestre e Tubarão, todos três com a direção de Steven Spielberg.

4 – Bernard Herrmann

(Créditos – arquivos CBS)

Quando a adaptação de Orson Welles para o livro A Guerra dos Mundos causou pânico generalizado na costa leste dos Estados Unidos, em 30 de outubro de 1938, fazendo parte da população acreditar que havia uma real ameaça de invasão alienígena, revolucionando para sempre a história do rádio no mundo, era Bernard Hermann o responsável pela regência da orquestra que tocava a música que acompanhava a produção.

Falecido em 1975, aos 62 anos, o nova-iorquino Bernard Herrmann ainda deixou um legado formidável além das ondas radiofônicas, tornando-se reverenciado pelos cinéfilos. São dele os sons que marcam o ritmo de Cidadão Kane, Kill Bill Vol. 1, Fahrenheit 451 e, como último trabalho, Taxi Driver, de Martin Scorsese.

5 – Nino Rota

(Créditos: Agence de presse Meurisse – Bibliotèque nationale de France)

O Poderoso Chefão é eleito por muitos como o melhor filme de todos os tempos. A direção impecável de Francis Ford Coppola e a atuação primorosa do elenco, com destaque para o astro Marlon Brando, fazem jus à preferência. Mas, certamente, não seriam tão lembradas se não fosse pela música tema de Giovanni Rota Rinaldi.

Nascido em 3 de dezembro de 1911, em Milão, Nino Nota, como era conhecido, começou as produções para o cinema na década de 1940. Até 1979, quando faleceu, ele trabalhou com os principais diretores da sua época, com destaque para a parceria duradoura com Federico Fellini, em longas como A Doce Vida, 8½, Amarcord, dentre outros. Não é necessário dizer mais para ressaltar que o compositor não poderia ficar de fora desse grupo de mestres da composição para cinema.

Essa lista está fechada, mas ficaram de fora outros grandes nomes responsáveis pelas trilhas memoráveis do cinema. Contribua para uma parte 2 enviando dicas e recomendações em nossas redes sociais!

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