Por Ítalo Mendes
Conquistar um bom desempenho em uma entrevista de emprego vai muito além das competências profissionais apresentadas pelo candidato. Entre vários fatores que são levados em conta, é preciso saber destacar as suas habilidades, atentar-se a sua postura, estar bem informado sobre a empresa e, claro, responder com precisão todas as perguntas realizadas pelo recrutador.
Desses questionamentos, um dos mais decisivos para a conquista da vaga é o que também gera mais dúvidas: “Qual a sua pretensão salarial?”
Primeiro, podemos sintetizar: não há uma resposta correta. Chegar a um valor que agrade tanto o seu bolso quanto o caixa da empresa vai exigir uma boa análise da vaga, do mercado e dos seus objetivos para a carreira. E para não errar mais e correr o risco de perder uma seleção por conta de um erro básico, pode contar conosco. Continue lendo e veja as nossas dicas.
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Quando dizer o valor pretendido
O momento de determinar a quantia almejada também é essencial. Portanto, a não ser que seja exigido pela empresa, não é necessário colocar essa informação logo ao enviar o seu currículo.
Porém, se perguntado durante a entrevista, é fundamental ter uma resposta pronta. Do contrário, o recrutador poderá perceber a sua insegurança em avaliar o seu próprio trabalho.
A pretensão salarial é decisiva, porque nesse momento a empresa provavelmente irá eliminar aqueles candidatos que fogem completamente dos padrões estipulados. Uma boa dica é responder com um intervalo de valores, para aumentar as suas possibilidades e abrir espaço para uma possível negociação. Ex: de R$ 3.000 a R$3.500.
Como determinar o valor adequado
São necessárias algumas etapas para definir o salário desejado.
- Observe o mercado: o quanto essa e outras empresas têm investido em profissionais para o cargo que está em aberto? Cheque todas as funções da vaga, pesquise referências semelhantes e chegue a uma média do que está sendo pago por elas. Além disso, é bom ser coerente ao momento econômico. Um crescimento da demanda pode alavancar salários, assim como uma crise pode desvalorizar. Às vezes é necessário adequar-se.
- Valorize as suas experiências: conhecimento teórico e certificações são imprescindíveis, mas o que resultará em um maior poder de diálogo são as suas experiências. Se você já executou esse trabalho em outra empresa, ao menos que esteja há muito tempo desempregado, o seu primeiro objetivo é manter, minimamente, o que ganhava anteriormente e, se possível, elevar essa base.
- Atente-se para a região: um país como o Brasil, de tamanho continental, tem diferenças consideráveis nos custos de vida a depender da localização. É indispensável fazer essa avaliação. Some o que seriam os seus gastos básicos na cidade em que reside e compare com o outro local para não correr o risco de aceitar algo que não condiz com seu padrão de vida sem a consciência dessa informação.
- Pense no futuro: supondo que você tenha um bom salário, mas que já está estagnado e não apresenta possibilidades de crescimento, talvez valha você aceitar uma nova oportunidade recebendo um pouco menos, mas com boas possibilidades de evolução.
- Considere os benefícios: além do salário, você deve colocar em sua equação os benefícios concedidos. Elementos como um bom plano de saúde, vale-alimentação ou de transporte, plano odontológico, entre outros, podem elevar sua qualidade de vida e promover economia, por isso devem ser calculados ao considerar o seu valor final.
Por tudo isso, podemos dizer que é determinante ter atenção ao contexto, se preparar para a entrevista, ter conhecimento de mercado e disposição para negociar. A pretensão salarial é um passo decisivo para que você conquiste seu emprego dos sonhos e, para que depois, ele não acabe se tornando um pesadelo.
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