19 de abril de 2024
Notícias

Quais atitudes esperamos das marcas?

Por Leilane Stauffer

A pergunta vem levantando debates nas redes e chamando cada vez mais a atenção do mercado e da sociedade para uma constatação: a gestão em marketing, focada em valores humanos, é fundamental para as empresas. O movimento de repensar o relacionamento com as marcas – e, consequentemente, com as ações promovidas por elas – é evidenciado em períodos de crise e de adversidade. É o que podemos observar durante a pandemia.

Estudo divulgado pela pesquisa Barômetro Kantar Covid-19 revelou que jovens esperam mais atitude das marcas. As expectativas das gerações Centennials, que corresponde à faixa etária de 18 a 24 anos, e Millennials, com jovens entre 25 e 34 anos, são diferentes das faixas etárias com grupos mais velhos. Para 48% do grupo, as marcas devem ser exemplos e guiar mudanças – não é o que pensa 31% das pessoas com mais de 55 anos; 35% das duas gerações esperam também que as marcas usem o conhecimento que possuem para informar seus consumidores. Os números mostram como os indivíduos esperam que a postura das marcas seja de enfrentamento à crise.

No Brasil, algumas marcas foram consideradas “marcas transformadoras” na crise pandêmica. Entre os nomes, o estudo da HSR Specialist Researchers, responsável por pesquisas de mercado, revela marcas como Magazine Luiza, Ambev, O Boticário, Mercado Livre. Preservação de empregos, doação de produtos de higiene e de álcool em gel estão entre as ações promovidas pelas empresas.

A professora Isis Boostel, do curso de Administração da Newton, e agente de inovação e pré-aceleração do CNE (Centro Newton de Empreendedorismo), acredita que o momento desperta um novo olhar. “Essa pandemia tem nos dado momento de nos encontrar, poder aprender, de poder entender o consumidor, o que ele tem valorizado, para podermos entregar produtos com valor e que atendam a necessidade dele”, observa.

Professora Isis Boostel na sede do Centro Newton de Empreendedorismo

“As pessoas estão valorizando o produto feito de forma sustentável, de forma ética. Eles têm apoiado o pequeno empreendedor. É um momento importante de empatia”, continua. Nesse sentido, a crise é um convite para transformações individuais e coletivas.

E para você? Quais atitudes relevantes devemos cobrar das marcas?